Que as pulgas de mil camelos invadam os corpos de meus leitores que não deixam comentários. Think about!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ex-Morto... Nasci de novo - Loucura de Amor 5

Pois é, melhor cachaceiro que sofredor!

Me lembro do primeiro gole de pinga corote pura que tomei como se fosse ontem. Eu tinha uma namoradinha no colégio e gostava dela. Achei que estávamos bem. Era a festa junina do colégio 26 de agosto no bairro São Francisco que por muitos era apenas uma área central... mas para polícia era um bairro tarja preta da capital morena. Lembro-me que ao sair da portaria do colégio o porteiro tomou meu boné... (ele dizia que era para minha educação e disciplina... mas na real era para ele mesmo. Porteiro malandro, até já morreu aquela praga)

Eu vi a minha namoradinha, e ela estava do outro lado da rua. Fui falar com ela e escutei uns papos estranhos e quando dei por mim, eu já estava solteiro. Fiquei meio desolado... mas engoli o choro como um homem e segui a diante rumo ao ponto de ônibus.

Quando foi de tarde, fui na casa de uma amiga minha, e ela não parava de perguntar sobre o término, eu nem sabia como ela já sabia, sendo que nem tinham ainda essas mídias sociais e a galera do bairro não tinha grana para celular. Sei que no meio desse interrogatório, apareceu uma amiga dela, loirinha e proporcionalmente lindinha. Ela se amarrou na minha e combinamos de ir logo mais na festa junina do colégio.

Claro que não são elas... mas estão bem próximas disso!

Quando foi de noite, já na festa, nos encontramos e acabamos num beijo. A essa altura eu nem lembrava mais o nome de minha ex namorada. Não lembrava mais nem o rosto dela e nem que ela estudava no mesmo colégio que eu, e esse foi o princípio do fim. (de meu fim, para ser mais exato).

Minha nova pretendente a namorada saiu para comprar bebidas e nesse meio tempo surge minha mais nova ex namorada... e ela estava linda! Trocamos olhares e por segundos me senti ainda dono da situação... não fosse a maldita e estrema competência da loira em comprar bebidas com a velocidade de minha banda larga de hoje. Ela apareceu por trás de mim com as bebidas na mão, deu a volta e me deu um beijo na boca, enquanto isso, pude ver uma lágrima escorrendo dos olhos da minha ex namorada. Ela me jogou uma praga e disse que hoje ela chorava... mas que ia chegar a minha vez. Ah... como seria bom se fosse só isso! Com a minha sorte de flamenguista, ela não parou por aí... e disse que seu irmão estava na festa e que ia me matar.


NA VERDADE ELA QUIS DIZER:
CRETINO FILHO DA PUTA, MEU IRMÃO VAI TE MATAR.

Mano... eu nem sabia que eu tinha um cunhado... muito menos um ex cunhado. O pior de tudo é que quando cheguei no pessoal, eles fizeram o maior terrorismo comigo, dizendo que o irmão dela era o cara mais maluco da região, e ainda por cima era todo tatuado e mestre de capoeira.

Velho, na hora eu tremi.

O pessoal, muito solícito, ou temendo minha morte, foram embora comigo rumo ao bairro Otávio Pécora. E no meio do caminho, eis que surge, nem sei de onde, o Finado Catraca, um cafetãozinho do bairro e comerciante de artigos naturais e químicos. (Na verdade na ocasião o Finado Catraca era apenas Catraca e não o Finado Catraca).

Como não achei a foto do catraca, peguei 
a foto do Catiça, irmão caçula dele.

Daí ele chegou torcendo os pés e perguntou se tínhamos isqueiro. Eu não tinha e nem o pessoal, a gente nem fumava. Mas ela agradeceu e perguntou onde estávamos indo. O pessoal já se adiantou e falou que eu tava na fossa e que o irmão da minha ex ia me pegar. 
O catraca mandou eu ficar de boa que ninguem ia me matar nada, ainda mais na área dele.
Ele falou que ele que tocava o terro naquela região e que eu era truta dele.

Mas quando falaram o nome do irmão da guria para o Finado Catraca, ele tossiu... e me ofereceu o corote dele, com os dizeres. “Meu amigo... é tudo que posso lhe oferecer...”

P.Q.P, dei um golaço naquele corote como se fosse água para cachorro. Véi do céu! Santa MADRE de GUADALUPE.... Aquilo desceu queimando minha guela... eu pensei que a sair fogo da minha orelha, mas eu tranquei a respiração e com todos me olhando, inclusive o Finado Catraca, deixei uma e apenas uma única e solitária lágrima com alto teor alcoólico.

A minha cara.

(e não é que a praga da infeliz deu certo!)

O pessoal me olhava quieto e eu falei meio que tossindo que era por causa da minha ex namorada.
O Finado Catraca, acho que se sensibilizou com minha situação e disse que ia falar com meu ex cunhado, que nem me atrevo a dizer o nome, até pq nem lembro mais mesmo.

Fui embora!

(falou p... nenhuma! O cara nem lembrava de mais nada no outro dia)

No outro dia, a minha história já tava correndo solta e chegou até o bairro Monte Castelo. Sei que como estava em clima de terrorismo, e temendo um combate que poderia não ser muito interessante para meu lado, encontrei descendo na rua com um boné vermelho, o TABOCA. Falei com ele, e ele me disse que tava feliz em me ver, pois achava que eu já era. E falei para ele aliviar meu lado com o ex cunhado, já que era amigo dele.

Depois de uma semana, descendo e com o mesmo boné vermelho, só que agora mais sujo, o TABOCA. Ele me encontrou e falou para eu mudar de casa... e começou a rir.
Eu não estava com muito clima para brincadeira, e por isso eu o olhei firmemente e peguei um pouco de grama no chão ... e ele me disse para eu ficar sossegado, que era zoação. (O TABOCA era um cara muito zoado. Ah ah ah “pausadamente”). Falou para eu ficar de boa, pois o irmão da minha ex... não sabia de nada, não sabia que eu existia e que não estava nem aí para irmã dele. E finalizou perguntando:

TABOCA: Mano, pq vc pegou essa grama?
EX-MORTO: Nem sei cara...
TABOCA: Me deve essa doido!
EX-MORTO e agora ENDIVIDADO: Pode crer, cara... vai na paz.

O TABOCA aliviou meu lado e subiu pelo mesmo lugar que desceu, e sumiu no horizonte.

(alias o taboca tinha esse dom de aparecer e desaparecer)

Eu continuei um tempo com a Loira e nada demais aconteceu. Afinal, se estou contando isso é pq to de boa e na ativa.

sábado, 23 de abril de 2011

Dodi, o apaixonante

Homenagem a minha esposa Anny Carolini Malagolini Ribeiro (Rosinha). Quando a conheci, ela me disse que nunca se apaixonava, e eu lhe disse que eu era apaixonante. Ela me fez um questionário e hoje estamos casados.

R: E se eu te desse um oi?

D: Eu te daria uma chance!

R: E se eu não quisesse uma chance?

D: Eu te daria uma segunda chance!

R: E se eu lhe desse um beijo?

D: Eu quebraria os relógios!

R: E se eu te desse um tapa?

D: Eu te jogaria na cama!

R: E se eu resistisse?

D: Então não seria vc.

R: E se não fosse mesmo?

D: Então tb não seria eu.

R: E se não fosse eu, mas fosse vc?

D: Então é pq ainda não nos conhecíamos.

R: E se eu chorasse?

D: Eu te daria uma flor.

R: E se eu te xingasse?

D: Eu te daria razão.

R: E se eu dissesse que te amo?

D: Eu te seguraria para nunca mais largar.

R: Me daria razão mesmo?

D: não! Odeio que me xinguem!

R: E se eu te pedisse desculpas?

D: Eu te daria um sorriso.

R: E se eu risse também?

D: Eu não veria mais ninguém!

R: E se eu visse vc com outra?

D: Iria conhecer mais uma prima.

R: E se eu me zangasse e quisesse te matar?

D: Eu te daria bons motivos para não fazer isso.

R: É mesmo... cite ao menos um?

D: Cadeia!

R: ok... convencida!

D: :)

R: E se eu metesse o dedo em sua cara?

D: Eu te daria um anel.

R: de ouro?

D: se não fosse fim de mês.

R: E se fosse fim de mês?

D: daí seria uma gravata.

R: E se me visse dormindo?

D: Eu não faria barulho.

R: nossa que lindo!

D: Eu sei. Tenho dessas.

R: Você iria cuidar de mim?

D: Enquanto eu viver.

R: Mas e depois?

D: Depois, também! Mas de outra forma.

R: Você seria só meu mesmo?

D: enquanto eu viver.

R: Mas e depois?

D: também.

R: Você me ama?

D: desde que te vi.

R: Quanto?

D: Algo como daqui na china a pé contra o vento na chuva descalço ida e volta.

R: Acho pouco...

D: Então tente fazer igual.

R: E se meu time jogasse contra o seu?

D: Vou buscar uma água e já volto.

R: E se eu engravidasse?

D: Seriam trigêmeos... e queria que puxassem sua beleza.

R: E pq minha beleza e não minha inteligência?

D: droga... minha água esquentou, vou pegar mais.

R: E se eu te desse letras?

D: Eu te daria uma canção.

R: E se eu visse um sapo?

D: Ia convencer ele a ir embora...

R: O que? vc não ia matar ele?

D: pq? é só um bichinho!

R: Não é bichinho, é um monstro.

D: Tabom... eu jogaria sal nele e iria ficar rindo enquanto o monstro morre.

R: \o/ ;)

D: ¬¬

R: E se eu te desse chocolates?

D: Eu e repartiria com vc.

R: e se eu lhe desse um ácido?

D: ia achar o máximo!

R: E se....!?!?!

D: Cala boca e beija.

R: Nossa, vc beija bem. Eu acho que to me apaixonando...

D: Eu tenho certeza...

sábado, 16 de abril de 2011

Perdi o show do Aerosmith por menos de 1 real

DODI O ZICADO

Tudo começou há um certo tempo, quando minha mãe me deu dinheiro para comprar salgado no colégio, e me lembro que derrubei o lanche do Alexandre, o cara mais gordo e tretado do escola. Me recordo que o Alexandre, com sangue nos olhos, pegou minha cabeça, colocou no chão e disse:

“Ta vendo isso? Vc vai pagar outro!”


eu e o gordo escroto do salgado de ouro

Mas que Carvalho! Bem que meu pai quis me por no karatê,mas não rolou! Todavia o Alexandre não teria coragem de fazer isso hoje. Gordo escroto!

Voltando... o dinheiro do lanche que minha mãe me deu, tive que usar para comprar o lanche do gordo. PQP!!! Isso me deu um desfalque de aproximadamente o preço de uma coxinha, que não era muito, porem para mim que não trabalhava e vivia das migalhas de meus pais, era muito sim. Acho que daria para comprar uns pacotes de figurinhas, chicletes e até mesmo coisas erradas, pois morava no caiçara.

O fato é que como o dinheiro era pra pagar o lanche e fiquei sem, tive que pegar emprestado. Peguei dinheiro com o Fábio Dagas que era burguesinho.

Ele me emprestou e disse que teria que pagar com juros! Estranho! Foi a primeira vez que ouvi aquela palavra, e nem sabia o que era. Achava que era um tipo de salgado. Sei que quando paguei foram mais ou menos o valor de 10 salgados! Aquilo criou um rombo em meu orçamento, e por isso tive que recorrer a mais empréstimos.

Só sei que nesse jogo de empurra-empurra, minha dívida com esses pequenos agiotas era equivalente a 150 reais (corrigido para moeda de hoje), o que me custou muitos desejos de compras cancelados.

Quando tinha 17 anos e ganhava 180 pilas por mês e finalmente poderia pagar essa dívida e me livrar de meus fantasmas, eis que surge uma coisa horrível. A mocinha que trabalhava em minha casa, foi embora para nunca mais voltar, e levou consigo meus preciosos 180 reais.

Mocinha mão leve. O problema é que agora eu tinha uma dívida de 150 reais e um saldo de 180 reais negativos. Peguei a grana emprestada com meu primo Patrick.

Só pude pagar o Patrick um mês depois, e por isso fiquei devendo outras coisas como celular e coisas do tipo.

Depois disso entrei no Banco do Brasil como estagiário e ganhava o triplo disso, porem minhas dívidas com celular e coisas do tipo estavam quadriplicadas  e mais uma vez eu sem dinheiro.
Foi ai que um imbecil entrou em minha casa e roubou meu notebook que ainda faltavam umas 7 parcelas para terminar de pagar.

E como precisava de outro, para continuar com o blog, fiquei mais uma vez com uma dívida maior que meu salário.

Pensava muito em porque eu não inventei a Microsoft ou a Pizza! Já seria rico aos 19 anos, e cá entre nós, não seria nada ruim ser rico nessa idade.

Quando sai do banco e fui para outra empresa a DígithoBrasil, estava ganhando quase mil reais “RYCO” e decidi comprar uma moto e abandonar a vida de camelo andarilho. Comprei então a bendita e justamente nessa mesma época meus credores resolveram me cobrar de maneira pouco convencional.

Foi aí que tive que pagá-los e mais uma vez minha bola de neve aumentou.

Depois de alguns anos nessa pindaíba, precisei me livrar da moto para adquirir um carro e levei o maior prejuízo uma vez que com tantas dívidas minha moto já não valia mais nada  e fiquei com um carro que não podia pagar. Porem era um carro massa, um Peugeot 206 que me levava para todo canto foi quando de uma hora para outra recebi um aumento, o que me pareceria muito adequado e poderia pagar meu carro e me libertar pela segunda vez de meus fantasmas cobradores. Ah... como foi uma satisfação imensa pagar tudo. Sai do banco como um cara de apenas 100 gramas.

Tudo parecia maravilhoso. Era um dia ensolarado e eu estava satisfeito e de banho tomado. Cabelo penteado e com um roquezinho sussa no som do carro. Parecia que todos os sinais abriam para mim. Uma onda verde sem fim. E nesse momento escuto um “ploft, ploft, ploft...” e meu carro foi jogado de lado.

Desci e vi que meus pneus estavam estourados. Nesse momento percebi que estava com uma dívida e nenhuma grana no bolso.

Mas tudo bem! Pois como eu era um bom pagador, eu tinha crédito. Foi aí que recorri a mais um empréstimo. Comprei 4 pneus pois os outros também já não estavam aquela coisa, e quando saí da borracharia, como que um herói que volta para casa com o trabalho feito, escuto um barulho estranho. Fingi que não era nada! Aumentei o som do carro e tentei disfarçar, mas um dia depois meu carro travou com a embreagem toda ferrada.

Pensei... “Agora fu...” Carambolas, eu ainda devia os 4 pneus e ainda ia comprar uma nova embreagem e ainda por cima de um carro importado. Não houve dúvidas e um tempo depois tive que trocar o carro. Terminei de pagar o outro e troquei o meu por um carro zero. Mas meu carro antigo já não valia mais muita coisa por causa do corte no IPI que o governo fez (lula fdp). Sendo assim, acabei tendo que deixar meu carro na concessionária pelo valor de menos 500 reais (R$ -500).

Foi aí que veio o show do Aerosmith em São Paulo, e adivinha quem estava lá?

Qualquer um, menos eu... pois o carro novo comia 60% de todo meu salário...

Mas que caçamba! Perdi o show do Aerosmith pq estava sem grana. E tudo pq quando era moleque derrubei o salgado do Alexandre o babaca do colégio Palhacinho de Ouro.