Que as pulgas de mil camelos invadam os corpos de meus leitores que não deixam comentários. Think about!

terça-feira, 8 de abril de 2014

comper de cú é rola



Vejam se não faz sentido?

Domingo (30/04) pé de cachimbo, nada melhor que comer uma carne bem da boa. Fui ao Comper e num breve dialogo com a açougueira tudo isso que vou escrever aconteceu.

_Bom dia, o que o senhor deseja?
(ah.... zoera! Foi assim...)

_Próximoooo!

_oi, eu quero 1 kg de Alcatra!

_Olha, é o primeiro corte! Tem problema?

_tem sim! Me da o outro pedaço.

_não dá!
_oi?
_não dá!
_heim?!?
_NÃO DÁ!

_uai! Corta no meio, e me da 1 kg do meio para fora.

_não dá senhor!

_mas se não dá, pq vc perguntou se tinha problema? Pq não pode?

_pq senão o OUTRO CLIENTE NÃO vai querer!

(uma pequena pausa para uma reflexão)

Por isso odeio a igreja que diz (Deus ajuda quem cedo madruga) odeio os velhos com seus ditados (quem chega primeiro bebe água limpa) e adoro as filosofias de acadêmicos (os primeiros serão os últimos) e a Carla que diz (odeio o Comper).

FIM DA PRIMEIRA REFLEXÃO.

Voltando ao causo eu disse o seguinte:

_então me veja por favor 2 kg. 1 kg em cada sacola.

_não pode!

_como não pode? Estamos em duas pessoas e cada uma quer levar 1 kg.

_ok!

Então ela cortou o famigerado primeiro corte, e colocou numa sacola. Depois cortou o bendito segundo corte e colocou em outra sacola. Foi então que com ódio nos olhos, e depois de com certeza ter cuspido na carne e esfregado no “subaco”, ela colocou os dois sacos de 1 kg cada em uma MESMA sacola para pesar.

Então eu falei:

_moça! são em sacolas separadas!

_não pode! (NOSSA... ELA SÓ SABIA DIZER ISSO)

Expliquei novamente que eram para duas pessoas diferentes e que cada uma pagaria com seu dinheiro.

Foi então que mentalmente ela cuspiu na minha cara e desejou que eu morresse atropelado por uma Toyota bandeirantes e por fim fez o que pedimos e me entregou os sacos.

Fomos pegar um refrigerante quando a Carla falou:

_há não! Ela colocou num saco 800 g e no outro 1,5 kg.

_de boa, vou lá trocar.

OBS.: IMPORTANTE RESSALTAR QUE NÃO SOU NEM UM POUCO BABACA E EM NENHUM MOMENTO FUI COM ELAS, ASSIM COMO SEMPRE COM QUEM ESTÁ AO MEU REDOR OU COM QUEM ME SERVE.

Chegando no açougue a moça perguntou:

_pois não? (enquanto me olhava fixamente e amolava sua faca de cabo branco na chaira, com uma leveza oriental que me permitia ouvir cada nota musical do atrito dos metais.)

_então... eu pedi 1 kg em cada sacola, e me veio 1,5kg nessa. Troca por favor.

Ela pesou a sacola de 800 g que estava coma etiqueta de 1,5kg, e muito rapidamente com a astúcia de um auditor da Filizola disse:

_vc trocou a etiqueta!

Por favor, paremos novamente para uma segunda reflexão!
Como se não bastasse eu ter azar de ter nascido num dos países mais corruptos do mundo, de ainda por cima ter o azar de além de viver num país corrupto, eu não ter virado para esquerda e por causa desse erro ter parado no comper, a mocinha, puta da cara por estar cortando carne no domingo, me vem e diz que troquei a porra da etiqueta para um valor mais alto e me chama de BURRO VERME IDIOTA MENTECÁPITO, mesmo que mentalmente.

Pelamordedios!!! Por que diablos eu trocaria a etiqueta para um valor mais caro?
Pq eu me acharia legal trocando a etiqueta? Será que é porque estudei em escola Estadual? Seria pq sou bandido e moro no Tiradentes?

Ah... é um fetiche sexual meu. Adoro pagar mais caro nas coisas. Ah... eu faço isso para ajudar o dono do comper! Ah eu gosto tb de cocô na cara e sou nazista. Ah! Adoro parar na frente de uma obra, amarrar os cadarços do tênis um no outro, e chamar todos os pedreiros de viado. E por fim... Ah! quero a Dilma por mais 4 anos.

Porra!

Foi então que o pequeno contraventor aqui deu para ela pesar de novo e disse:

_não moça! Eu não troquei as etiquetas.

... e ela trocou a etiqueta pela etiqueta correta que dava uma diferença de 15 reais. Agora eu tinha o preço adequado para ambas sacolinhas.

Descartei uma e levei o corte que queria. Sem brigas, e apenas com um “Seu burro idiota” no currículo e é claro umas cuspidas na carne. Mas vou fritar e tá de boa.

O fato é que eu ouvi o seguinte:

“Vc deu um jeito brasileiro de resolver as coisas”

Isso soa para mim como me chamar de pedófilo, estuprador ou playboy!

Agora que entra toda moral da história.

Pensemos juntos: Eu não dei um jeito brasileiro, eu apenas pedi uma coisa, não fui atendido, levei um ralo, e saí com o que queria sem brigas. Onde está o jeito brasileiro nisso?

Eu não quero o primeiro corte uai... e pq o próximo cliente tem o direito de não ter o primeiro corte, e eu tenho a obrigação de ter?

“O PROBLEMA TODO ESTÁ EM CHAMAR DE PRIMERO CORTE. ESSE “PRIMEIRO” É QUE DENOTA UMA IDEIA DE ORDEM.”

Tenho que mudar de açougue? NÃO... por favor, eu já estava em um açougue.
Isso que é imposto é a mesma coisa que eu não poder escolher os tomates de uma gôndola. Tipo... eu tenho que pegar os de cima, pois estão em cima. Os debaixo são para o próximo cliente.

_Por favor, eu quero aquele salgado ali do meio que tá com uma cara de ter mais queijo.
_ Não... o senhor tem que pegar esse primeiro, pois o do meio é pro próximo cliente.

_por favor, eu quero uma antártica gelada!
_Não! O senhor vai ficar com esta, quente mesmo, pois a gelada é para o próximo cliente.

_oba! O cinema está vazio, vamos sentar nos fundos?
_não... vamos sentar aqui na frente pois as fileiras do fundo são para os próximos clientes.

Pense a respeito! Falar com o gerente resolve? Claro que não... vai advertir a menina do açougue, e vai morrer aí. É uma regra do açougue isso. O açougue não vai permitir isso pois ninguém quer o primeiro corte.

Então que o açougue pegue o primeiro corte, pique e venda em bandejas uai, para evitar o desperdício. Fazer o que fiz, faz com que sacolas fiquem perdidas no comper... até que, não o gerente, mas alguém que tem visão pare e pense! “Essa regrinha não dá mais certo, pois estamos levando prejuízo. Vamos permitir o cliente escolher o corte. Assim cortamos o primeiro corte e vendemos em bandeja e assim o primeiro corte dá até mais grana pq vem na bandeja”.
Claro que isso só dá certo se exigirmos o que queremos.

Ou alguém realmente acha que tenho que comprar o que eles querem me vender?

Achou meu texto uma merda? Faça o seguinte:
1. Copie e cole o texto num documento do word;
2. Escreva no fim: “Texto de”
3. Ao lado adicione em negrito, de acordo com seu perfil, os seguintes nomes: Se for global ou rico (Arnaldo Jabour, Diogo Marinardi ou Pedro Bial) se for sensível (Paulo Coelho) se for semi-analfabeto (Naldo) Se for pobre (Silas Malafaia, Dilma Querida e Lula).

Pronto... assim, vc consegue fazer um texto de merda se tornar um Artigo Científico com um puta sentido.

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