Que as pulgas de mil camelos invadam os corpos de meus leitores que não deixam comentários. Think about!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Conheci o Kiko do Chaves indo para Itaporã/MS

- 2006 -

Estava eu indo para o interior de nosso estado, o evoluido Mato Grosso do Sul, rumo a Itaporã.

Itaporã: do guarani Ita=> Pedra - Porã => Bonita "Pedra Bonita" que dista 220 km aproximadamente da grande Capital "Campo Grande" ou Big Apple, ou Big Field.

O mapa do Mato Grosso do Sul - MS
Estava viajando de ônibus e tive uma experiência terrivel.

Conheci literalmente o Kiko do chaves. O capeta em forma de guri, com o perdão do trocadilho do Sérgio Mallandro.

A viagem corria normalmente. Tinha um menino gordinho comendo bolacha no banco da frente com seu pai. Logo percebi que fazia o tipo "burguesinho" "Playboyzinho viadinho" "filhinho de mamãe". Pois era branquinho e gordinho. E todos sabem que os gordinhos são bem alimentado e por isso precisam de mais dinheiro.

Mas ele estava até quieto, coitado... e eu fazendo mal juizo dele.
Parecia que nem se mexia as vezes. Seu pai lia algum tipo de periódico, não me recordo qual.

Para ir para Itaporã, muitas vezes tinhamos que pegar um ônibus da Viação NPQ, famoso pinga-pinga.
TInha esse nome pois parava em todos os lugares para pegar mais gente.

Numa dessas paradas, subiu uma familia que só a mãe sentou. As crianças ficaram em pé. MAs até ai tudo bem... era apenas uma viagem normal.
Estávamos acostumados com isso.

O kiko fazendo invejinha para o chaves do 8

O Guri que entrou, que tinha a mesma idade do "KIKO", era magrinho, sujo, com cara de fome, cara de sem brinquedos e ainda por cima estava de havainas remendadas.
Era bem pobrezinho coitado.

Fazer o que né... é a situação ótima de nosso pais. A bela distribuição de rendas.

Bom... o menino, ficou em pé ao lado do "KIKO" que estava em minha frente. E percebi que ele ficava só observando o guri que estava quieto.
Fiquei com o coração ná mão, pois sei bem o que é ficar com vontade de comer alguma coisa.

O que me deixou doido nessa estória toda, é que sem mais nem menos, o "Kiko" decidiu pegar um briquedo..."um aviaozinho de plástico" que nem sei de onde tirou.

Meu deus... ele começou a brincar com o aviãozinho e fazia com a boca assim: "vrummmmm!!! vrummmm!"
E o guri só observando com o olho "CUUUMMMPRIiiiiiiiiiDO"...

E o kiko... da-lhe que brinca com o bendito avião... e o menino só olhando...

Como se não bastasse a invejinha que o kiko gordinho estava fazendo, ele piorou a situação pois começou a passar o avião na cara do guri. e Da-lhe "Vrummmm!!!"

O pai do moleque simplesmente não se mexia. Fiquei com muita raiva. A única coisa que fazia era dar umas joelhadas no banco para acertar o gordinho.
Ele fez isso até o guri sair de lá do lado dele, o que durou uns 40 min. Incrivelmente, quando ele saiu o guri parou de brincar.

Eu podia ver nos olhos do menino pobrezinho a vontade de afofar aquele gordinho com tantas porradas até ele ficar com essa cara.

Bom... o kiko parou de importunar o pobre garoto.

E a viagem continuou.

Cada uma.

Um comentário:

Jan Träumer (Einmal ist Keinmal - política, literatura, poesia, direitos humanos, reflexões, 1968) disse...

Já passoi por MS, duas vzs, indo pro MT. Bonito estado...

Coloca ai Danke, obrigado em alemão!

abraço