Que as pulgas de mil camelos invadam os corpos de meus leitores que não deixam comentários. Think about!
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Loucuras de amor 3 - parte pra outra

Conforme havia prometido em 07/02/2008 (veja aqui), Eis a história de Roberta

Mais uma tragédia em minha vida. Eu estava estudando no palhacinho de ouro, aquele mesmo que virou zona (veja aqui). Bom... eu reprovei e fui parar no colégio Machado de Assis. Fiz a minha segunda 5° série, e a sexta e passei direto. Daí voltei ao Palhacinho de Ouro. Quando eu voltei eu conheci a Roberta. Nossa... eu amei aquela menina desde o primeiro dia.

Me recordo que eu vi ela a primeira vez, no primeiro dia de aula e quando foi de noite que fui dormir, eu sonhei com ela. Sonhei que eu a beijava embaixo da mangueira do oficina mecânica que trabalhava lavando peças.

Eu tinha uns 13 anos creio eu!

E sim... eu já trabalhava. Meus pais diziam que o trabalho dignificava a criança.
E eu fiz a sétima série inteira, vendo ela de longe. Meu amor platônico dentro do minha infinita sétima séria particular.

Pra não dizer que eu era um bosta, eu digo que eu tive um contato com ela uma vez. Eu trompei nela sem querer no recreio e quando fui pedir desculpas, eu gaguejei. Ela piscou os dois olhos três vezes e vazou.

Cara eu acho que ela nem sabia que eu era da sala dela. Minha popularidade me espanta as vezes.

Enfim...

Por que razão eu não sei, mas na oitava série eu sentei ao lado dela. E pqp, aquela menina melhorava com o tempo. Era mais linda a cada dia! Toda vez que eu a olhava, seu cabelo se mexia sozinho e parecia que tocava o refrão de DREAM WEAVER (GARY WRITE).



Bom... foi então que eu conheci a Juliana... (a mesma que fez eu quebrar os chocolates na rua Brilhante veja aqui). E comecei a namorar ela....

Por um fenômeno inexplicável da vida, Roberta começou a falar comigo. De início foram coisas de leve, diria até  Tímidas, mas sempre doces aos meus ouvidos, tipo:


  • Gabriel, vc pode ir mais pro lado? ta muito perto.
  • Gabriel, vc pode ir lá embaixo na cantina e me comprar um pirocóptero?

Mas... em menos de uma semana começamos a se falar mais e mais.

Bom... ela começou me perguntando se eu namorava a Juliana, e foi numa dessas que eu deixei escapar uma fita K7 na mochila que tinha a música TOTAL ECLIPSE IN YOUT HEART DA BONNIE TYLOR.


Quando ela viu aquilo ela me disse:


_Gabriel, vc é romântico?

Na hora eu pensei em lhe dizer: Sim... sou um espécime em extinção baby, e vc nem imagina o que poderia fazer com você e por você.

Mas na verdade eu só olhei eu seus olhos e mandei:

_É.

Porra... eu tinha tudo, mas mandei um "é". que caraio... 

#REPLAY

_gabriel vc é romântico? 
_é.


Enfim... deixando essa porra de lado. Nossa vida melhorou... o namoro com Juliana acabou, e roberta falava comigo todos os dias. Era lindo, ela cuidava de mim. Me comprava lanches, me dava balas, copiava minhas matérias. Estávamos namorando praticamente mas sem trocas de fluídos. 

Ela até enfrentou uma professora por minha causa. (e não era qualquer professora, era a professora Maria  Capeta do Carmo de Português).

Até que num maldito dia ela não falou direito comigo.
E nem no maldito dia seguinte,
E nem no maledeto dia após o dia seguinte...

E assim por diante até que uma semana depois, eu ouvi ela falar com uma outra menina... que o Sérgio havia dado uma volta com ela na quadra da casa dela de corsa.

CORSA.........

CORSA??????????????

SÉRGIO????? MAH SERÁ QUE PERDI ALGUMA COISA?


Pqp... ela tava apaixonada por um carinha que tinha um corsa? Eu ia de mula no colégio... PORRA...

tomei uma atitude!

FALEI PRA MIM MESMO, HOJE EU CHEGO NELA.
SOU HOMEM OU NÃO SOU, CARAIO? SOU MECÂNICO OU NÃO SOU?


E tomei a mesma atitude por uns 6 ou 20 dias.

Meus amigos, Sidney, Wander, Luis, me falavam...

SEU VACILÃO DO CARALHO, Chega no Roberta logo.

Até que eu cheguei nela de verdade.

Ajeitei o cabelo, arqueei a sombra-celha, coloquei um halls na boca e fui em direção a minha princesa da 8 série.

Estávamos na aula de educação Física, e eu chamei ela para conversar perto da piscina.

Falei:

_Roberta, eu tenho algo pra te dizer!

_fala...

_Eu estou apaixonado por vc! quero que namore comigo.

_COF! COF! Heim?

_Quer namorar comigo?

_cof cof arrout! Acúma?

_roberta.... vc sempre esteve ao meu lado e eu quero continuar assim. Namore comigo?

Agora Roberta se recuperando da crise de tosse que lhe deu, disse:

_Gabriel... vc demorou. Agora eu conheci uma pessoa.

(uma pausa de uns 4 segundos de olhos nos olhos e ela continuou, aquelas que seriam suas últimas palavras pra mim)

_Parte pra outra!

"Parte fucking WHAT????"

MAS CARALHO... QUE TIPO DE CRIANÇA MANDA UMA OUTRA CRIANÇA PARTIR PARA OUTRA?

Quando eu voltei me arrastando para meus amigos (os mesmos que pegaram o bombom na brilhante) perguntaram o que tinha rolado....


Eu falei que ela tinha me dito (Gabriel, parte pra outra).

Eles começaram a mijar na quadra de dar risada.

E então eu fui embora. Cheguei em casa e raspei a cabeça em protesto.

Cheguei no outro dia na escola  e toda hora um amigo meu ia do meu lado e dizia:

_Gabriel, que vc tá fazendo?

_ to fazendo esse exercício, mas ta difícil.

_ah... então... PARTE PRA OUTRA. 

e todos riam... AUAHUHAUHAUAHUAHUAHUHUAA. Menos eu é claro.

Até a Maria do Carmo Ria... e o Raul tb.

Fizeram isso até acabar o ano.

Eu fiquei conhecido naquela época como GABRIEL PARTE PRA OUTRA.

E eu só queria que o maldito Sérgio levasse o corsa na oficina que eu trabalhava.
Eu iria regular seus freios na faixa.

Mas sobrevivi.




  

Pra piorar... naquele mesmo ano eu tirei adivinhem quem no amigo secreto?
A roberta...

Mas ela não foi na revelação.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Ex-Morto... Nasci de novo - Loucura de Amor 5

Pois é, melhor cachaceiro que sofredor!

Me lembro do primeiro gole de pinga corote pura que tomei como se fosse ontem. Eu tinha uma namoradinha no colégio e gostava dela. Achei que estávamos bem. Era a festa junina do colégio 26 de agosto no bairro São Francisco que por muitos era apenas uma área central... mas para polícia era um bairro tarja preta da capital morena. Lembro-me que ao sair da portaria do colégio o porteiro tomou meu boné... (ele dizia que era para minha educação e disciplina... mas na real era para ele mesmo. Porteiro malandro, até já morreu aquela praga)

Eu vi a minha namoradinha, e ela estava do outro lado da rua. Fui falar com ela e escutei uns papos estranhos e quando dei por mim, eu já estava solteiro. Fiquei meio desolado... mas engoli o choro como um homem e segui a diante rumo ao ponto de ônibus.

Quando foi de tarde, fui na casa de uma amiga minha, e ela não parava de perguntar sobre o término, eu nem sabia como ela já sabia, sendo que nem tinham ainda essas mídias sociais e a galera do bairro não tinha grana para celular. Sei que no meio desse interrogatório, apareceu uma amiga dela, loirinha e proporcionalmente lindinha. Ela se amarrou na minha e combinamos de ir logo mais na festa junina do colégio.

Claro que não são elas... mas estão bem próximas disso!

Quando foi de noite, já na festa, nos encontramos e acabamos num beijo. A essa altura eu nem lembrava mais o nome de minha ex namorada. Não lembrava mais nem o rosto dela e nem que ela estudava no mesmo colégio que eu, e esse foi o princípio do fim. (de meu fim, para ser mais exato).

Minha nova pretendente a namorada saiu para comprar bebidas e nesse meio tempo surge minha mais nova ex namorada... e ela estava linda! Trocamos olhares e por segundos me senti ainda dono da situação... não fosse a maldita e estrema competência da loira em comprar bebidas com a velocidade de minha banda larga de hoje. Ela apareceu por trás de mim com as bebidas na mão, deu a volta e me deu um beijo na boca, enquanto isso, pude ver uma lágrima escorrendo dos olhos da minha ex namorada. Ela me jogou uma praga e disse que hoje ela chorava... mas que ia chegar a minha vez. Ah... como seria bom se fosse só isso! Com a minha sorte de flamenguista, ela não parou por aí... e disse que seu irmão estava na festa e que ia me matar.


NA VERDADE ELA QUIS DIZER:
CRETINO FILHO DA PUTA, MEU IRMÃO VAI TE MATAR.

Mano... eu nem sabia que eu tinha um cunhado... muito menos um ex cunhado. O pior de tudo é que quando cheguei no pessoal, eles fizeram o maior terrorismo comigo, dizendo que o irmão dela era o cara mais maluco da região, e ainda por cima era todo tatuado e mestre de capoeira.

Velho, na hora eu tremi.

O pessoal, muito solícito, ou temendo minha morte, foram embora comigo rumo ao bairro Otávio Pécora. E no meio do caminho, eis que surge, nem sei de onde, o Finado Catraca, um cafetãozinho do bairro e comerciante de artigos naturais e químicos. (Na verdade na ocasião o Finado Catraca era apenas Catraca e não o Finado Catraca).

Como não achei a foto do catraca, peguei 
a foto do Catiça, irmão caçula dele.

Daí ele chegou torcendo os pés e perguntou se tínhamos isqueiro. Eu não tinha e nem o pessoal, a gente nem fumava. Mas ela agradeceu e perguntou onde estávamos indo. O pessoal já se adiantou e falou que eu tava na fossa e que o irmão da minha ex ia me pegar. 
O catraca mandou eu ficar de boa que ninguem ia me matar nada, ainda mais na área dele.
Ele falou que ele que tocava o terro naquela região e que eu era truta dele.

Mas quando falaram o nome do irmão da guria para o Finado Catraca, ele tossiu... e me ofereceu o corote dele, com os dizeres. “Meu amigo... é tudo que posso lhe oferecer...”

P.Q.P, dei um golaço naquele corote como se fosse água para cachorro. Véi do céu! Santa MADRE de GUADALUPE.... Aquilo desceu queimando minha guela... eu pensei que a sair fogo da minha orelha, mas eu tranquei a respiração e com todos me olhando, inclusive o Finado Catraca, deixei uma e apenas uma única e solitária lágrima com alto teor alcoólico.

A minha cara.

(e não é que a praga da infeliz deu certo!)

O pessoal me olhava quieto e eu falei meio que tossindo que era por causa da minha ex namorada.
O Finado Catraca, acho que se sensibilizou com minha situação e disse que ia falar com meu ex cunhado, que nem me atrevo a dizer o nome, até pq nem lembro mais mesmo.

Fui embora!

(falou p... nenhuma! O cara nem lembrava de mais nada no outro dia)

No outro dia, a minha história já tava correndo solta e chegou até o bairro Monte Castelo. Sei que como estava em clima de terrorismo, e temendo um combate que poderia não ser muito interessante para meu lado, encontrei descendo na rua com um boné vermelho, o TABOCA. Falei com ele, e ele me disse que tava feliz em me ver, pois achava que eu já era. E falei para ele aliviar meu lado com o ex cunhado, já que era amigo dele.

Depois de uma semana, descendo e com o mesmo boné vermelho, só que agora mais sujo, o TABOCA. Ele me encontrou e falou para eu mudar de casa... e começou a rir.
Eu não estava com muito clima para brincadeira, e por isso eu o olhei firmemente e peguei um pouco de grama no chão ... e ele me disse para eu ficar sossegado, que era zoação. (O TABOCA era um cara muito zoado. Ah ah ah “pausadamente”). Falou para eu ficar de boa, pois o irmão da minha ex... não sabia de nada, não sabia que eu existia e que não estava nem aí para irmã dele. E finalizou perguntando:

TABOCA: Mano, pq vc pegou essa grama?
EX-MORTO: Nem sei cara...
TABOCA: Me deve essa doido!
EX-MORTO e agora ENDIVIDADO: Pode crer, cara... vai na paz.

O TABOCA aliviou meu lado e subiu pelo mesmo lugar que desceu, e sumiu no horizonte.

(alias o taboca tinha esse dom de aparecer e desaparecer)

Eu continuei um tempo com a Loira e nada demais aconteceu. Afinal, se estou contando isso é pq to de boa e na ativa.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O primeiro dia do fim da minha vida - quase morri - LOUCURAS DE AMOR 4

#LOUCURADEAMOR #INLOVE

Talvez se eu tivesse com um capacete como esse.
...e minha bicicleta nem era tão massa.

A estória que venho a relatar é mais um amor de infância que me levou para cama. Eu estava na terceira série do Palhacinho de Ouro. Isso foi em 1992. Era um belo dia na Rua Manoel Cavalcante Proença (rua sem saída) onde morava.

Na verdade o dia estava nublado, mas bastou aparecer Katiúcia para o dia ficar como os dias das ilhas caribenhas.

Katiúcia era linda e tinha uma irmã chamada Kátia. Ela era minha vizinha de parede. Não imaginam minha felicidade quando vi seu caminhão de mudança chegando e descarregando suas coisas.

É claro que não é a katiúcia, mas como eu não 
tenho foto dela, essa dá pra ilustrar. 

Na verdade, quando o outro vizinho (sr. Djalma) se mudou, fiquei bem triste, pois ele era um cara que falava bastante comigo, mas a tristeza acabou com a chegada das duas irmãs.

Para as coisas melhorarem, sua santa maezinha, matriculou Katiúcia na mesma escola que eu (Palhacinho de Ouro)... e digo mais... na mesma sala que eu. #score

Rápido como uma raposa, eu logo fiz amizade com ela e até chamava ela para fazer tarefa comigo na minha casa. Sempre com um radinho e uma fita k7 para ouvir sucessos como "total eclipse in your heart" e criar um clima romântico no ar.

Nem preciso dizer que ela sempre ia né?

Bom... mas chegou o primeiro dia do fim da minha vida.

Estava andando de bicicleta, em minha rua, avistei a bela Katiúcia em sua varanda... acredito que vestia um pijama. Estava linda. Continuei pedalando e contemplando sua beleza. Me parecia que um beja-flor pousou em sua pele e...

... acordei em minha casa com dor de cabeça, de estomago, uma baita sede e um monte de gente me olhando em clima de velório.

Para entenderem, vamos voltar um pouco a estória. Uma pessoa importante desse causo é o Sr. Jamil, que morava umas 4 casas da minha e tinha uma CB500, uma Brasília branca e um caminhão boiadeiro. Para minha sorte, ele estava apenas com a Brasília.

Brasília do Seu Jamil

Diz a lenda, que eu estava andando com cara de tonto olhando para minha vizinha quando de repente, trompei com a brasília do Jamil e voei por cima dela, caindo e batendo o cabeção no chão. Quem conta isso foi a Dona Margarida, esposa do Tonhão. Família de nordestinos que moravam 5 casas da minha, vizinhos de parede do Sr. Jamil.

Soube que ela me pegou nos braços e entregou o corpo imóvel para meus pais.

Quando acordei, com aquela baita sede, senti um enjôo incomum. Pedi para Edicléia, menina que trabalhava em minha casa para buscar um copo d'água. E ela foi, com a velocidade do 3G da claro.

Estavam em minha casa o Marcinho, Carol, Celso, Ricardo Ochiro, Gabrielzinho e a bela, única, inigualável e de beleza incalculável "Katiúcia" ;). (todos amigos da minha rua)

O enjôo aumentou, e só foi o tempo de identificar algumas pessoas em minha casa e disparar. Chuaáááá´!!! "Chamei o hugo" em cima da única pessoa que não podia ser:

K.A.T.I.Ú.C.I.A.




E o melhor... adivinha quem chega bem na hora que acabo com minha vida. "Edicléia" que diz:

_Vixi... demorei!

Bah!!! acredito que esse foi o fim. Mas sabe o que dizem, se vc regurgitar em cima dela e ela continuar com vc, é porque era para ser sua. Caso vá embora, é pq nunca foi sua.

Ela se foi, para nunca mais voltar. Pelo menos com a intensidade que tínhamos. "Total eclipse in your heart" nunca mais foi a mesma. A não ser na 8ª séria. Mas isso é outra estória. Veja aqui!


Veja tambem:


quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Loucuras de Amor 2 :)

- ode to juliana - 


Uma história de amor e ódio sobre uma criança apaixonada.

Há muito muito tempo atrás... mais ou menos uns dois anos depois da minha primeira história (a da caixa de bombons), eu, já superado de meu primeiro amor, comecei a namorar outra menina.

Sempre havia achado ela linda e um dia, nem lembro como, comecei a namorar com ela. Foi interessante, eu era roqueiro e cabeludo e ela disse que queria que eu fosse em seu apê para pedir ela em namoro para sua mãe. E foi o que fiz, mais uma vez rodeado de atitude, boas intenções mas nem um pouco de noção... fui ao lar dela com um amigo (também roqueiro e cabeludo).

Foi ridículo, colocamos nossa melhor roupa (de roqueiro, e isso quer dizer: camisas de banda com furos de traças e calças desfiadas) e com cara e coragem nos apresentamos a sua mãe. Ela não sabia onde enfiar a cara. Sua expressão era de alguém que não acreditava no que via. Achei ela um pouco exagerada... afinal eu era bem bonitinho. Pelo menos era o que sua filha dizia. Ficamos lá pouco tempo. Nem me lembro se pedi sua filha em namoro. Saímos numa lara daquela casa e fomos comer cachorro quente com o único passe que tínhamos. Deu para rachar um sanduíche em dois e pensamos. "Como vamos embora?"

Estávamos na brilhante (rua de campo grande ms) e nosso destino era a Coophavilla 2 que dista uns 5 km de onde nos encontrávamos. Eram quase 22:00 e estávamos desesperados para saber como íamos embora, e como um passe de mágica os pais de meu colega passam na nossa frente... e como tudo que é bom dura pouco, seu pai estava conversando com sua mãe e não ouviu nossos apelos desesperados de socorro. Voltaríamos a estaca zero, não fosse uma bondosa cidadã, que já com certa idade nos deu 2 passes para irmos embora. (por isso o meu Muito Obrigado a esse exemplo de velhinha).

No sábado pedi para minha mãe comprar uma caixa de bombons para dar para minha namorada. Ela me apareceu com uma caixa de bombons ferreiro rocher em formato de coração. Fantasiei um monte com aquela caixa que poderia me render muitos beijos apaixonados de minha pretendida. Na segunda feira, penteei meu cabelo e com uma roupa mais clean (nada rock) fiquei esperando ela chegar no colégio. (estudava no Palhacinho de Ouro). Quando vi ela chegando na esquina fui dar a caixa para ela. Ela estava com sua mãe e irmão (um peste). Cheguei nela e ofereci a caixa e ela disse que não queria. Fique sozinho no caminho. Não satisfeito, me aproximei dela novamente e ofereci a caixa de joelhos e ela disse "Me deixa! está tudo acabado." Putz... aquilo realmente mexeu comigo. ...e num súbito momento de ódio concatenado com raiva e cegueira, totalmente possuído por uma força extrema do mal, atirei a caixa para o alto que caiu e espatifou na rua, com todos os deliciosos chocolates. Neste momento vi meus "amigos" correndo em minha direção.

Supus que vinham me consolar, mas deixei de supor isso quando eles passaram reto e foram pegar os bombons. Daí pensei que a vida era muito injusta... pois eles vieram falar que eu não devia ficar assim. E ouvir isso com o som de mastigação do chocolate que acabara de me desfazer por amor, não era uma experiência agradável.

No fim de tudo, como sempre todas voltam... ela veio querer voltar comigo. Mas ela já era passado. Já estava apaixonado por outra linda garota que assistiu tudo que fiz. Mas essa já é outra história.



Veja também Loucuras de Amor  1 [Renata]  e Loucuras da amor 3 [Roberta]

domingo, 7 de outubro de 2007

Loucuras de Amor

- Ode to Renata Teixeira -
Beijo Roubado que nunca houve
Quando tinha uns 10 anos, talvez 12... quem sabe 14! hum, que seja. o fato é que nessa época fiz uma loucura de amor da qual não me orgulho muito hoje, ,já que sou um homem formado, pós graduado e de já ter tido em meus braços mais de mil mulheres.

Era uma tarde ensolarada e lá estava eu; uma pobre criança magrela e apaixonada. Estava em minha segunda 5ª série e estudava no Machado de Assis (EMA). Era apaixonado por uma linda menina de minha sala. Nossa... toda vez que eu a olhava, seu cabelo mexia como se uma brisa passasse por ela. Isso é realmente amor, pois a janela vivia fechada. Ela tinha um fusca azul claro. Putz... eu achava que era o carro mais lindo. O fato é que cansei da vida de pobre menino apaixonado e decidi tomar uma atitude. E atitude é comigo mesmo.

Fui ao supermercado e comprei uma deliciosa caixa de bombons e decidi entregar a ela. Comprei com meu próprio dinheiro, pois acredito que se tivesse pedido aos meus pais, não teria a mesma graça. Eu já sabia onde ela morava e exatamente o que tinha que fazer.
Quando cheguei na casa dela, fiquei fantasiando por uns minutos. Achava que ela podia aparecer de miniblusa, e dizendo: "hey meninão! eu estava te esperando.", ou "vamos ao meu quarto comer esses chocolates todinhos". Bom. decidi que já era a hora de chamá-la. Ai, cheio de atitude, ajeitei o cabelo e disse a mim mesmo. "Hoje deixo a vida de criança de lado para me tornar um homem". ...e era o que faria, não fosse ouvir o barulho da maçaneta da porta se mexer, pois quando ouvi o barulho, larguei a caixa de bombom na frente da casa dela e sai correndo para nunca mais voltar. Pelo menos naquele dia. O fato é que nunca soube o que aconteceu.

Existem varias possibilidades:


  1. ela achou e comeu tudo sem saber de quem era;
  2. outra pessoa da casa achou;
  3. um mendigo, bêbado, cigano, hippie ou qualquer outra pessoa que passava na rua achou e comeu;
  4. ela mesmo achou mas jogou fora por não saber sua procedência;
  5. o cachorro comeu.
  6. Os irmãos sales comeram.
  7. quem sabe até ela achou e comeu apaixonada achando que eu tinha deixado para ela. (mas isso sei que não aconteceu, pois estou com 25 anos e ela nunca me agradeceu). De qualquer forma já superei isso. Ela é passado.


...e como já dizia a música de Nelson Ned: "...mas tudo passa! tudo paaaaassa!"




Veja também Loucuras de Amor  2 [Juliana]  e Loucuras da amor 3 [Roberta]