PSY
Estava lendo uma reportagem sobre psicopatas e fiquei grilado com um acontecimento em minha infância.
Quando estava no prezinho, no colégio Palhacinho de Ouro, tinha grandes colegas de classe. O Junior, a Iara, a Laura... mas o meu melhor amigo era o Tiago.
Tiago era um cara massa e tinha um monte de brinquedos legais. O mais legal era que ele morava no mesmo quarteirão do colégio. Então, sempre depois da aula eu ia na casa dele para brincar até minha mãe me buscar. Dai um dia a mãe dele viu a gente brincado de tarde.
No outro dia, eu estava bem tranquilo da vida de criança que levava, e no momento em que apontava meu lápis, o Tiago disse que sua mãe lhe falou que gostava muito de mim e que agente era "amigo do peito". AMIGO DO PEITO o enfincter... Nossa... aquela frase ficou soando em minha cabeça em eco e eu perdi o controle e com o lápis que tinha na mão, quase que possuído, com um olhar canino e em um único golpe, rápido e traiçoeiro, finquei na barriga daquele que poderia ser meu amigo até hoje, não fosse essa pequena tragédia.
Na verdade como eu era uma pequena criança e sem muita força nos braços, aquilo não deu em nada. Apenas um corte superficial. Não ficou nem cicatriz. Bom... a ponta do lápis quebrou. Percebi isso no momento em que fiquei canalizando toda minha fúria de energia negativa no estômago de Tiago. Sorte dele que não era um Faber Castell...
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Minha Adorável Psicose |
O Tiago nunca mais foi meu amigo e naquele dia percebi a importância de uma amizade verdadeira. Achei um pouco de exagero da parte dele. Mas eu passei de ano e é isso que importa.